segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Querência

Eu queria ser como os poetas


que tiram liras da pedra

Ou como os homens práticos

Que tiram pedras da lira

Ou ainda como o vulgo

Que pisa sobre as pedras e as liras

E não sente, pois

Suas solas têm cascos



Mas, o que sou?

Nem poeta

Nem prático

Nem vulgo

Só tenho o sentimento do mundo

Embora não me chame Carlos nem Raimundo.

Um comentário:

Aruana disse...

hehe, bravo!