quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

J.D. Salinger

Como a maioria das pessoas, de J.D. Salinger só li "O apanhador no campo de centeio". Isso foi há quatro anos atrás, quando eu tinha 19 anos. Praticamente um pós-adolescente. Mas minha identificação com Holden Caulfield, o moleque de quinze anos que protagoniza a história, foi imediata. Minha idade emocional aos 19 era similar a de um cara de 15.

Pensando bem, me identifiquei mais com o estilo narrativo de Salinger, corrido e aparentemente irrefletido. Acho interessante essa idéia de o escritor se deixar levar pela história (não sei se foi o caso de Salinger) em vez de começar o texto com um plano determinado. Lembro que quando li "Filosofia da composição", de Edgar Poe, pensei como era difícil ser escritor!

A leitura de "O apanhador..." reacendeu em mim a vontade de escrever alguma coisa, de forma despretensiosa. Meu terrível senso auto-crítico acabou por sepultar minha carreira de escritor-mirim, mais ou menos com onze anos de idade. Ao ler Salinger, repensei: "caramba, até que escrever um livro legal não é tão difícil assim!" Essas reflexões estão surgindo agora, comecei esse post querendo falar de Salinger, mas não sabia bem o quê. Talvez sobre a sonoridade respeitável do seu nome, se é que isso existe, mas acho que é um nome digno de um escritor.

Fiquei sabendo pelas notícias de sua morte que J.D. Salinger tornara-se um sujeito recluso há quase 50 anos. Não sabia nem que ele ainda estava vivo. Fiquei sabendo também que ele nasceu no dia 01/01, portanto era do signo de Capricórnio. Para muitos essa informação não quer dizer nada, ou quer dizer que quem liga pra essas coisas é um tapado. Mas isso me ajuda a entender a atitude (e o livro) de Salinger. Não vou explicar por quê, afinal esse não é um blog de Astrologia nem eu um grande entendedor do assunto.

Vá em paz, Salinger. (frase só pra concluir esse texto, tô sem a mínina inspiração)

Um comentário:

Repórter de Sandálias disse...

Não li Salinger, mas a sonoridade do nome é realmente respeitável.... Ah, vou te contar um segredo: a inspiração está nas entrelinhas.

Grande abç, amigo, e continue escrevendo.